Visitantes se surpreendem com arte, arquitetura e história do STF
Criado para ser o guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal (STF) não só cumpre esse papel nas decisões do colegiado, como guarda um dos cinco exemplares originais da Carta Magna de 1988. Essa é apenas uma das relíquias, entre objetos de arte, mobiliário histórico, fotos e documentos que podem ser vistos pelas centenas de pessoas que visitam a sede da Suprema Corte em Brasília (DF) aos finais de semana e feriados. Uma verdadeira viagem por 200 anos de história da Justiça brasileira.

Ela conta que ficou encantada com o original da Constituição e a galeria dos presidentes, que traz as fotos de todos os dirigentes do Supremo, desde 1829. "Sempre tive interesse em conhecer o edifício e entender melhor o funcionamento da Justiça. Com a visita, adquirimos ainda mais respeito pelo trabalho do Judiciário. Todo brasileiro deveria fazer esse passeio", destacou.
A visitação faz parte do Projeto Portas Abertas do STF, criado há 10 anos, com o objetivo de permitir aos cidadãos não só conhecer a estrutura física da maior Corte do país, como entender o funcionamento e a história do Judiciário. As visitas são gratuitas e acontecem aos finais de semana e feriados das 10h às 17h. São formados grupos de no máximo 30 pessoas, guiados por um servidor do Tribunal que presta informações aos visitantes.
No último sábado (21/1), o professor Luiz Henrique Azevedo de Paula, de Caratinga (MG), desembarcou em Brasília e foi direto ao STF. "Foi muito bom conhecer o local onde são tomadas as principais decisões do país. A visita é importante para os cidadãos saberem que têm o direito de conhecer e participar do processo decisório do país", afirmou o professor após concluir o passeio.
Arquitetura

História
Pela primeira vez em Brasília, o pernambucano George França, 19 anos, é outro que levará para Recife, sua cidade natal, muitas informações para dividir com os amigos de faculdade. Estudante de História, ele escolheu a capital para passar as férias em busca de fatos históricos que marcaram a trajetória do Brasil. "Era um sonho antigo", revela George, que escolheu o STF para iniciar o passeio cívico pela capital federal.

Explorar as curiosidades dos 200 anos de história viva guardada nos corredores da Suprema Corte é a especialidade dos guias que conduzem os visitantes. No passeio, os turistas descobrem, por exemplo, que a cor amarela do Plenário do STF é uma referência à bandeira brasileira, da mesma forma que o do Senado é azul e o da Câmara verde. O local onde os ministros debatem e tomam as decisões que influenciam diretamente a vida de todos os cidadãos também abriga obras de arte, como o painel de Athos Bulcão e o Crucifixo de Alfredo Ceschiatti, que simbolizam, respectivamente, a justiça dos homens e a justiça divina.
São essas curiosidades que há mais de 10 anos encantam o servidor do STF Wemerson Pereira da Silva, o guia mais antigo da visitação. Ele conta que todos os finais de semana mergulha na história do Brasil a cada grupo que conduz pelos corredores do Supremo. "Contar a história do STF é retornar ao colegial e abordar o assunto com detalhes que os livros não trazem", relata. Para ele, o ápice da visita é o momento em que conta a trajetória de Rui Barbosa, um dos principais juristas brasileiros e coautor da Constituição da Primeira República. O ícone brasileiro está representado no Hall dos Bustos com uma estátua de bronze.
Arte

No Salão Nobre, local onde são recebidas as autoridades de outros países em visita oficial ao Brasil, é possível apreciar um mobiliário francês de 1870, lustres de cobre e cristal e tapeçaria antiga.
Móveis da época do Império feitos de Jacarandá e um painel comparativo entre o Plenário do século XIX e o dos dias de hoje também podem ser vistos na visita. No hall do Salão Nobre, a primeira cabine telefônica instalada na Suprema Corte e um manequim trajando a roupa antigamente utilizada pelos ministros em sessões solenes de posse de novos integrantes do STF são algumas das relíquias em exposição.

Serviço
A visita é gratuita e pode ser feita aos sábados, domingos e feriados das 10h às 17h, com saídas regulares de 30 em 30 minutos, sempre com acompanhamento de um guia. Nesses dias não é exigido traje específico.
Endereço: Praça dos Três Poderes - Edifício-Sede, Brasília/DF.
Informações: (61) 3217-4058 e (61) 3217-4038 ou pelo e-mail visitacao@stf.gov.br.
Endereço: Praça dos Três Poderes - Edifício-Sede, Brasília/DF.
Informações: (61) 3217-4058 e (61) 3217-4038 ou pelo e-mail visitacao@stf.gov.br.
MC/CG,LL
fonte: www.stf.jus.br
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