
Direto de Goiânia
O estudante João Victor Portelinha de Oliveira, 8 anos, foi barrado hoje pela manhã quando tentou entrar no campus da Universidade Paulista (Unip) na BR-153, em Goiânia (GO), para o primeiro dia de aula do curso de Direito.
Na segunda-feira, João Victor foi aprovado no vestibular agendado - modalidade em que o candidato pode marcar a prova individual -, realizado na última sexta, dia 29. Os pais fizeram o pagamento da matrícula na quarta, após o caso ter ganho destaque na mídia.
Mas, ao tentar entrar no prédio, por volta das 7h, acompanhado pelo pai, William Ribeiro, ele foi barrado pela segurança. Em um primeiro momento, o pai disse acreditar que se tratava de um problema de falta de informação da diretoria com o serviço, mas após a confirmação de que a universidade não aceitaria o ingresso do estudante, William disse que conversaria à tarde com o filho para saber se ele realmente quer ingressar na instituição agora. Se quiser, os pais entrarão na Justiça.
O Conselho Estadual de Educação (CEE) informou ontem que o garoto, aluno do quinto ano do ensino fundamental em uma escola particular, não pode ser matriculado em uma unidade de ensino superior, por ainda não ter concluído o ensino médio.
A direção da Unip informou que o valor pago pela matrícula (R$ 516) já está a disposição dos pais. Mesmo assim, o fato causou indignação de educadores e da seção Goiás da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), que anuncia hoje à tarde medidas de protesto contra a universidade. Inclusive, um possível pedido de intervenção do Ministério da Educação (MEC) no curso de Direito.
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